Depois de uns dias pedalando juntos, percorrendo as estradas da Toscana por onde os atletas do Giro d’Italia vão passar, e como acabamos as etapas que serão na Toscana, resolvi hoje fazer uma pausa de tanta atividade aeróbica.
Vamos descansar um pouco com um relato meu sobre uma cidade toscana em especial. Como vocês já podem ter percebido, tanto no Especial que tem todo último final de semana do mês e também no box ao lado que falo um pouco sobre mim, minha cidade preferida é Lucca, não posso negar, mas há uma outra, de modo particular que me encantou.
Peço, então licença à minha querida Lucca e também à minha querida amiga Roberta Ristori, do blog “Giro pela Toscana“, que é Senese de corpo e alma, para falar de Monteriggioni, pequena cidade localizada na provincia de Siena.
Se Siena é a Wonderland da minha amiga Roberta, acho que podemos denominar Monteriggioni como uma espécie de Neverland nossa. Você saberá o porquê.
A cidade parece encantada, como se mesmo presente em vários mapas, com várias fotos pela internet, ela não existisse. A maioria dos relatos que ouvi, li e acabei presenciando é como se a cidade não estivesse mais ali, onde é, realmente. Como se tivéssemos que encontrá-la por acaso no caminho para poder conhecê-la.
Isso me lembram vários filmes onde as personagens possuem um mapa com a rota certinha de uma cidade e quando chega lá e acha que seguiu certinho tudo o que mandavam as instruções, nada. A cidade não está lá, apenas depois a um certa hora do dia, ou atrás de alguma cachoeira é que a cidade procurada é realmente revelada. Pra mim Monteriggioni e meio assim, uma Terra do Nunca. Tá lá, mas ao mesmo tempo não está. Você não vai até Monteriggioni, você é guiado por algo mágico até lá. Não sei bem explicar o quê é.
Mesmo incluindo a cidade no roteiro de viagem, as pessoas acabam se perdendo de uma tal forma durante o trajeto que parece que ela é muito complicada de se achar ou que não existe mais. Depois de tantas buscas, do nada a cidade é encontrada. Deve ser mágica mesmo, estou cada vez mais certa disso. Não é possível pensar de outro modo.
Final de semana que vem contarei como Monteriggioni me encontrou. É, foi ela que me encontrou e não eu a ela, como pensava. Porque ela só se mostra quando quer e pra quem ela quer. Até!!
Agora estou curiosíssima para ler o resto! rsrs