Flavia Sbragia – Travel Designer

Travel Designer especialista em viagens personalizadas e experienciais para a Região da Toscana.

San Gimignano e suas Torres

Uma cidade medieval toda murada no alto de uma colina. Tudo bem, cenário mais que normal, afinal estamos na Toscana, onde a maioria das cidades são assim. Mas essa tem algo especial. Ao observarmos de longe vemos uma enorme quantidade de torres. As outras cidades também tem torres, pois elas eram símbolo da nobreza naquela época, mas nenhuma delas há tantas quanto essa.

Sim, estamos falando de San Gimgnano, a cidade das Torres. Localizada na região da província de Siena, possuí cerca de 7.105 habitantes em uma área 138km2 em uma colina, a Val’Elsa, que tem 334m de altura.

Seu surgimento se deu entre os séculos IX e XIII, uma vila etrusca que estava no meio do caminho, da grande Via Francigena, principal estrada que levava os comerciantes toscanos às feiras da França. Ela compreendia as partes que eram chamadas na época, e a são até hoje, de Via S. Giovani, até o centro da cidade, e depois Via S. Matteo.

Seu nome veio de uma homenagem ao santo que foi bispo de Modena, San Gimignano, que salvou a vila dos bárbaros.

Durante a idade média, era uma cidade muito importante e conhecida pela sua arte de adornar igrejas e conventos. Tão importante que teve como embaixador de Florença ninguém menos do que Dante Alighieri.

No entanto depois da praga de 1348, época em que muitos saíram da cidade com medo da doença, seu despovoamento fez com que a cidade entrasse em uma grave crise. Foi quando Florença a dominou pois ela era uma cidade muito importante devido o seu lugar estratégico. Por séculos sua arte, agricultura e cultura ficaram no desconhecido e hoje com tudo redescoberto seu centro faz parte do patrimônio Mundial da UNESCO.

O que antes eram 72, hoje restam apenas 14 torres. Sendo que a maior é a Torre Grossa, que é parte do Palazzo del Popolo (museu cívico) , datada de 1311, medindo 54m. Lá de cima você tem uma vista privilegiada de toda a região. Lindas fotos para trazer de recordação na bagagem. Há também as torres gêmeas “degli Ardinghelli” e a “del Diavolo”, entre tantas outras.

A cidade em si é pequena, em meio dia você já passeou por todos os seus cantinhos. Por todas as suas torres e sinuosas ruelas mágicas e medievais. Sua porta de entrada é a S. Giovanni. Indo de carro, deixe-o em um estacionamento que está localizado bem ao lado da muralha perto dessa porta. Indo de ônibus, não se preocupe porque os vários que parte de Florença e de Siena passam por lá e o ponto fica bem próximo à porta.

Passando pela porta S. Giovanni, o começo do caminho é uma reta pitoresca. Pequenas lojas e restaurantes estão nos dois lados da via. Foi lá, inclusive, em um desses restaurantes que comi o melhor pesto da minha vida!

Passada essa reta, chega-se logo ao centro da cidade. Primeiro à Piazza della Cisterna, a praça onde tem bem em seu centro um poço que antigamente era onde as pessoas se abasteciam de água. Depois entra-se na Piazza del Duomo, onde encontra-se o museu cívico, o museu de arte sacra e é claro a catedral da cidade.

Andando mais um pouco, pode-se conhecer uma grande fonte, já quase que do lado de fora das muralhas, e também o que restou das portas S. Agostino e S. Jacopo.

San Gimignano é assim, fácil de conhecê-la mas difícil de querer se despedir de tão pitoresca cidade. Sua aura nos cativa. Suas torres nos encobrem como que um abraço e suas ruelas nos transportam a sonhos nunca sonhados. Entrem, sejam bem vindos, que queremos tê-los conosco.

San Gimignano e suas Torres

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