
Por cinquenta anos o massacre de Sant’Anna ficou sem resposta. Apenas em outubro de 1944 uma comissão militar americana realizou as primeiras investigações sobre o acontecido. Recolheram alguns testemunhos, mas não encontraram nenhuma pista sobre os responsáveis.
Em 1947 uma outra comissão, agora liderada pela British Investigation Force conseguiu reunir, através de declaração de sobreviventes e testemunhas, alguns elementos que identificam os responsáveis, mas até 1994 não foi possível chegar a uma verdade definitiva sobre o crime ocorrido em Sant’Anna.
Em fevereiro de 1947 protestos acalorados surgiram por toda a Versilia com acusações contra o general Kesselring de ter participado do massacre de Stazzema, e também contra Maz Simon, comandande da XVI Divisão SS. Ambos envolvidos em outros crimes Nazi-fascistas.

Naquele ano descobriram, em Roma, um armário que posteriormente foi apelidado de “Armadio della Vergogna”. Ele estava em um porão no Palazzo Cesi, um prédio do século XVI na via degli Acquasparta, sede do Procurador Geral Militar , trancado com as portas viradas para a parede. Nele encontraram 695 arquivos relativos aos massacres Nazis-Fascista e 415 nomes de culpados, e entre eles documentos que citavam Sant’Anna.
Graças às ações realizadas pelo Comitê para a Verdade e a Justiça, criando em Stazzema em setembro de 2000, a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados , em 6 de março de 2001 concluiu o trabalho de investigação e averiguação dos 695 arquivos ocultos.
Nomes das vitimas, nomes dos assassinos, locais dos crimes, tudo foi anotado nesses arquivos e escondidos por 50 anos. Uma investigação para cada arquivo, um processo para cada investigação preliminar foi feita, e aos poucos cada um dos culpados foi acusado e condenado pelos seus crimes.
Em Julho de 2005 o Tribunal Militar de La Spezia emitiu a sentença com a qual condenava à prisão perpetua os dez réus da SS (Schutzstaffel), o exercito nazista, culpados pelo massacre

A sentença foi confirmada pelo Tribunal de Recurso Militar de Roma em 21 de Novembro de 2006 e definitivamente ratificada pela primeira Secção Penal do Tribunal de Cassação em 8 de Novembro de 2007
Mas ainda hoje há muitas questões deixadas abertas, como feridas profundas em toda a nação: Quem deu a ordem de ocultação? Quem assumiu essa responsabilidade dramatica?…